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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Congresso de Dermatologia em Brasília apresenta avanços para o tratamento do vitiligo no Brasil


Vereador Paulo Frange
 Procedimento aprimorado para o tratamento do vitiligo, doença não-contagiosa em que ocorre a perda da pigmentação natural da pele, acaba de ser apresentado pelo médico indiano Davinder Parsad, durante o 14º Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica em Brasília.

Embora a técnica exista desde 1987, a sua utilização era muito cara e inviável para os médicos brasileiros. Entretanto, nos últimos cinco anos, com o avanço da biologia molecular e a substituição de certos reagentes, o tratamento tornou-se mais barato.

O evento foi promovido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e reuniu cerca de 2.500 médicos do Brasil e convidados estrangeiros com o objetivo de divulgar avanços de técnicas de tratamento e tornar os profissionais mais atualizados para cuidar dos pacientes, sobretudo aqueles que não respondem às técnicas clássicas.

No caso do vitiligo, por exemplo, o tratamento convencional utiliza pomadas e remédios. Além disso, são retiradas partes da pele de área saudável do corpo e transplantadas para a área atingida pela doença, o que torna o atual tratamento extremamente agressivo, já que pode deixar cicatrizes e não há garantia de bons resultados. Com o aprimoramento do transplante, a área atingida fica com uma coloração mais uniforme e harmônica, depois de quatro a seis semanas.


O vitiligo é uma doença autoimune, causada pela formação de anticorpos que matam os melanócitos (células que dão pigmentação à pele), gerando manchas brancas. Geralmente, aqueles que sofrem com a doença tendem a ser mais ansiosos, o que pode agravar o quadro. É uma enfermidade que compromete a qualidade de vida da pessoa, porque causa certo desequilíbrio psicológico. O paciente passa a se limitar, a restringir a própria vida, evitando ir a certos lugares onde será mais exposto.

O dermatologista indiano aperfeiçoou o método de extração de melanócitos de áreas saudáveis do corpo para serem transplantadas em áreas doentes. Durante o procedimento é retirado um pequeno e fino fragmento de pele de uma área saudável do corpo do paciente. Depois são extraídas as células de pigmentação. A área atingida pelo vitiligo é raspada e os melanócitos são colocados sob a pele afetada.

No campo estético, uma técnica divulgada no congresso foi o transplante capilar e de sobrancelhas. O procedimento retira folículos capilares de uma área normal, geralmente um pequeno pedaço do couro cabeludo da área abaixo da nuca, e transplanta para a região sem cabelo.

*fonte jmonline e Sociedade Brasileira de Dermatologia.


Paulo Frange

A SELEÇÃO DE ANIMAIS ZEBUINOS NO BRASIL...PARA ONDE CAMINHAMOS?



* Paulo Frange

As dúvidas que sempre perseguem o criador, são as seguintes:



Que tipo de animal queremos selecionar?

Onde queremos chegar com nossa seleção? Pra que mercado estamos selecionando? Funcionalidade? Pistas?

Como chegar em menor tempo possível, e com o menor custo?

A resposta como sempre, é dirigida pela visão econômica da atividade. Animais mais precoces são mais rentáveis. A funcionalidade traz retorno econômico com menor risco e maior mercado. Isso parece claro!

Animais cujo temperamento nos incomoda, que são inquietos e de difícil manejo, nos relatos dos nossos próprios colaboradores, devem ser descartadas do rebanho. A busca por animais de melhor temperamento, já é consenso entre os criadores. Quem não tem coragem de descartar, não consegue selecionar!

Iniciar pelo temperamento, cuja avaliação é subjetiva, é dever de todos nós. Ninguém ganha com animais de temperamento indesejável.

A avaliação zootécnica profissional, buscando musculosidade, profundidade de carcaça, arqueamento de costelas, aprumos corretos e largura de lombo, sem perder sua caracterização racial, é o foco de nossa seleção. Animais equilibrados, precoces sexualmente, e de bom temperamento, é o nosso alvo. É o nosso foco!

O PGMZ nos dá uma extraordinária contribuição, nos tirando da subjetividade e do achismo que dominou por décadas até mesmo os mais apaixonados e experientes criadores. Essa ferramenta nos aproxima das verdades das DEP´s, que orientam quanto ao peso, peso a desmama, ao sobre ano, circunferência escrotal, entre outros. Também nos afasta da endogamia.

Outra preocupação que sempre temos e vamos continuar atentos, é com o modismo. Evitar trocar o certo e as ferramentas certas por situações mercantilistas que tendem apenas ao interesse especulativo!!! A pecuária é rentável, mas não suporta desperdício, e gastos desnecessários.

Os erros... bom, esses podem até acontecer!!! Certamente acontecem em qualquer seleção. Mas, com as ferramentas disponíveis atualmente ficamos dentro da margem de segurança, e os corrigimos rapidamente. Lidamos com probabilidades e alta complexidade inerente da própria compreensão da genética.

Para selecionar, é prudente escolher primeiro o caminho a seguir. Não se afastar da irrevogável lei de mercado. Buscar animais economicamente rentáveis. Os nossos tourinhos, grandes responsáveis pelo custeio de nossa atividade, tem que ter adaptabilidade a pasto. Eles tem que sobreviver e reproduzir em condições adversas de solo, gramíneas de pastagens degradadas, ter alta libido, e a rusticidade própria da raça nelore, que foi a razão de levar nossos pioneiros criadores até a Índia.

É importante refletir sobre esses problemas. Fazem parte do dia a dia de nossa atividade e , por trabalhar muito, o criador muitas vezes perde a oportunidade de rever os rumos de sua trajetória. Não deixe nunca de compartilhar esses sentimentos com outros companheiros. É importante compartilhar o sucesso e socializar, dividir as angústias!!!

Nesse processo, a seleção muitas vezes se transforma em subproduto. O nosso maior produto, o maior patrimônio, passa a ser o relacionamento, e a amizade que permeia esse ambiente. A grande maioria dos criadores selecionadores tem mais de uma atividade profissional. Quase sempre , tem sucesso nas duas ou mais atividades.

Sem amigos, sem companheiros, sem assessores e colaboradores não chegamos e não vencemos. A receita do sucesso então é a seguinte:

1º Visão do Futuro; temos que saber o que queremos criar e qual mercado pretendemos atender.

2º Estratégia (Planejamento); é impossível iniciar uma seleção sem previamente traçar uma estratégia. Sem planejamento, a atividade é onerosa, pois você vai pagar sempre sozinho por todos os erros.

3º Foco. Saber o que quer e não perder de vista os objetivos, fugindo dos modismos e de experiências isoladas que deram certo aqui ou acolá. Siga em frente mirando o seu foco !!

4º Amor. Sem paixão e envolvimento, nenhuma das anteriores passa a ser possível! Só seleciona e cria quem é perfeccionista, dedicado e envolvido com a atividade. É Impossível ser nelorista e não ser apaixonado. Não viver apaixonado. Esses animais trouxeram consigo da Índia o feitiço de nos envolver.

E... somos felizes por isso!!!



*Paulo Frange é Médico, Vereador de São Paulo e membro do PMGZ- Programa de Melhoramento Genético em Zebuínos da ABCZ/EMBRAPA.











quarta-feira, 13 de junho de 2012

Casos de câncer devem aumentar 75% até 2030

*Paulo Frange

A informação é da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (AIPC), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta para uma prospecção alarmante: o número de pessoas com câncer deve crescer mais de 75% até 2030. Ou seja em menos de 20 anos vamos nos deparar com uma situação para a qual temos que nos preparar.

Um dos motivos apontados pelo estudo é a adoção de estilos de vida insalubres, especialmente em países pobres.

Para os especialistas, a melhoria na qualidade de vida nos países pobres aumenta o poder de consumo e leva à adoção de hábitos “ocidentalizados” de alimentação, ao sedentarismo e a outros hábitos nocivos a saúde. Com isso, a tendência é que os casos de câncer aumentem.

Os tipos de câncer com maior probabilidade de aumento são os de mama, o de próstata e o colorretal. O câncer já é a principal causa de morte em países ricos e é seguido pelos países emergentes .

Os pesquisadores descobriram que nos países menos desenvolvidos, especialmente na África Subsaariana, os casos de câncer ligados a infecções são mais comuns, sendo o de colo do útero o mais frequente. Além desses, temos ainda os casos de câncer de fígado, estomago e o sarcoma de Kaposi. Esse último, tem sua incidencia mais associada aos portadores de AIDS.

Já em países como Brasil, Grã-Bretanha, Austrália e Rússia, os tipos de câncer mais comuns são os relacionados ao tabagismo, à obesidade e à má alimentação. Os pesquisadores dizem que a melhoria na qualidade de vida pode levar a uma diminuição dos casos de câncer relacionados a infecções nos países subdesenvolvidos, mas, em contrapartida, tende a aumentar os relacionados à alimentação, sedentarismo e obesidade.

Países de renda média, como China, Índia e África do Sul podem ter até 78% de aumento nos casos da doença até 2030, afirmam os pesquisadores. Nos países menos desenvolvidos, o aumento no número de casos pode chegar a 93%. Ou seja, quase dobrar a incidência em duas decadas.

O estudo usou dados da Globocan, um banco de dados compilado pela AGencia Internacional de Pesquisa do Câncer, com estimativas sobre a incidência e mortalidade decorrente do câncer em 2008 em 184 países e foi publicado no jornal Lancet Oncology.

Essa pesquisa , por ser ampla, multicêntrica e publicada em veículo científico de credibilidade internacional, deve ser um alerta para a comunidade científica e devera nortear os Ministérios de Saúde e organismos Internacionais de Saúde Pública no implemento de ações preventivas , já que as causas são aparentemente evitáveis e cabe a todos a responsabilidade na reversão dessa tendência.

*Paulo Frange é médico e vereador de Sáo Paulo pelo PTB, cumprindo seu quarto mandato.


Paulo Frange