quarta-feira, 17 de abril de 2013

VER. PAULO FRANGE, AUTOR DA LEI QUE CRIOU O FUNDO PARA O TRÂNSITO, IRÁ PEDIR EXPLICAÇÕES SOBRE DESVIO DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS PELA CET

FMDT é utilizado de forma irregular pela CET

Os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo destacaram em suas edições, de 16/abril/2013, um grave desvio da Lei 14.488 (de 19/07/2013), originária do Projeto (PL 021/2001) do Vereador PAULO FRANGE, que institui o Fundo Municipal de Desenvolvimento de Trânsito - FMDT - para financiar as ações destinadas ao desenvolvimento do trânsito no município de São Paulo.

A Lei do Vereador Paulo Frange determina que todo o recurso proveniente das multas de trânsito - hoje usado para custear todas as operações da CET, de seguro de prédios ao cafezinho do pessoal – tem que ser aplicado, segundo o seu artigo 2º, “exclusivamente no desenvolvimento do trânsito, nas seguintes atividades: sinalização; engenharia de tráfego e de campo; policiamento e fiscalização; e educação de trânsito”.

IMPROBIDADE


O Estado de S. Paulo entrevistou o jurista e professor de Direito Público Adílson Dallari. Ele esclareceu que o uso da verba carimbada do FMDT (Fundo Municipal de Desenvolvimento de Trânsito) para outros fins pode ser considerado “uma improbidade”.

O vereador Paulo Frange diz que é gravíssimo esse desvio – o uso da arrecadação de multas de trânsito para custear todas as operações da CET.  “É preciso que se cumpram os termos da Lei”. Ele pretende convidar a direção da CET para vir à Câmara Municipal, pois, como disse citando Dalari, a improbidade não é apenas o erro (do destino dos recursos). É o erro intencional.

A improbidade administrativa, quando um gestor público, deliberadamente, faz mau uso do dinheiro dos cofres públicos, tem implicâncias e pode até por em risco a sua elegibilidade futura.

O vereador irá aprovar requerimentos para que a presidência da
CET e o secretário Municipal de Transportes venham à Câmara Municipal de S. Paulo dar explicações sobre o desvirtuamento de uso deste Fundo.

NÃO PODE FICAR ASSIM


O vereador Paulo Frange diz que a situação não pode permanecer como está. A Prefeitura, mesmo sendo sócia majoritária da CET, não ter uma reserva no Orçamento para a companhia, que está sucateada, como atestaram matérias recentes da Imprensa.
Segundo informou o Estado de S. Paulo, em 2012 foram quase R$ 900 milhões em multas que a cidade de São Paulo arrecadou e que foi para o Fundo Municipal para Desenvolvimento do Trânsito (FMDT), uma conta criada em 2010 para custear as atividades previstas na Lei; entretanto, 67,5% dos recursos do fundo foram transferidos diretamente para a CET, a título de serviços de engenharia.
O total destes recursos, ainda segundo O Estado, por sua vez, correspondem a 86% de todo o dinheiro que a companhia tem para trabalhar - o que inclui combustível e peças para os veículos, manutenção de elevadores e pagamento dos vigilantes dos prédios. Os outros 14% vêm de outras atividades da CET, como venda de talões de Zona Azul e apoio para grandes eventos, que exigem intervenções viárias.
Concluindo: A CET não tem ajuda direta da Prefeitura. Ela é contratada para exercer a atividade de engenharia de tráfego. É paga com o dinheiro das multas e usa esse recurso para bancar toda a sua operação.

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