segunda-feira, 4 de julho de 2011

AIDS NA TERCEIRA IDADE

Durante esses 35 anos como médico cardiologista e há 4 mandatos como vereador, tenho insistido em abordar alguns temas relevantes para a Terceira Idade. Durante palestras e congressos em meus discursos argumento sobre a importância de manter freqüente atividade física, alimentação saudável, participação de grupos que estimulam a vivacidade, que gerem energia e produção de endorfina (hormônio da felicidade) e, sem esquecer de reconhecer os prazeres do sexo neste período. Tudo isso para manter a qualidade de vida e até mesmo prolongar a resistência do organismo contra doenças.

Porém, todas essas ações devem ser aproveitadas com cautela, muita atenção e responsabilidade. É preciso pensar que o sexo, por exemplo, na Terceira Idade também tem grandes riscos, principalmente sobre as doenças sexualmente transmissíveis. Infelizmente, índices comprovam que a Aids está muito presente no convívio deste público. Veja abaixo, matéria publicada pelo Jornal Folha de São Paulo, ontem (04/07) sobre este tema. E divulgue para que possamos fazer uma corrente contra esta alarmante realidade!


DOBRAM OS CASOS DE AIDS NA TERCEIRA IDADE EM 10 ANOS

Avôs e avós fazem sexo, sim. E, sem proteção, também pegam Aids. De 1998 a 2008, os casos da doença entre pessoas acima de 60 anos no Brasil mais que dobraram, segundo dados de 2010 do Ministério da Saúde.

A via predominante de transmissão é por relação sexual heterossexual, em ambos os sexos.

Embora o número absoluto de casos ainda seja pequeno em comparação com outras faixas etárias, o ritmo de crescimento da doença entre os idosos é preocupante, afirma Eduardo Barbosa, diretor do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Sem o hábito --e, muitas vezes, sem o conhecimento-- de usar preservativos, esse grupo se expõe mais ao risco de contrair o vírus HIV, de acordo com Barbosa. "É difícil de mudar a mentalidade dessa população. Eles ainda encaram o sexo com camisinha como chupar bala com papel."

Além disso, para as mulheres o preservativo sempre esteve associado a um método contraceptivo. Como não estão mais em idade reprodutiva, não veem por que usá-lo.


VIDA SEXUAL ATIVA

O preconceito a respeito da vida sexual dessa população também dificulta a proteção. "Ninguém de nós vê nossos nossos avós como sexualmente ativos, e isso dificulta o diagnóstico e o acesso à prevenção", diz Barbosa.

Os idosos têm ainda a ideia de que a Aids é uma doença de jovens e que estão à margem do risco, segundo o infectologista do hospital Emílio Ribas Jean Gorinchteyn, autor do livro "Sexo e Aids depois dos 50".


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/938271-dobram-os-casos-de-aids-na-terceira-idade-em-10-anos.shtml
Imagem: Site Todaperfeita.com

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