quinta-feira, 28 de abril de 2011

PARA REFLETIR!!!

Padre Leo Pessini
Ao ler o que o coração do Padre Leo Pessini expressa em momento difícil, não tenho dúvida que temos que compartilhar com tantas outras pessoas que sentem o que ele sente, mas que não tem a sensibilidade de mostrar em palavras tão expressivas a verdadeira tradução da ocasião. Descrição essa que deve ser apreciada com o silêncio que Deus nos permite ouvir:










“Obrigado”. Um dos mais profundos sentimentos do ser humanos, é ser reconhecido e sentir-se valorizado. Quando agradecemos expressamos gratidão e reconhecimento pelo dom da vida, pelas pessoas, pelas conquistas, enfim, por tudo o que a vida nos presenteia. Na experiência da dor da perda ocorre o desencantamento, em que choramos, reclamamos nos recolhemos e silenciamos... É saudável encararmos a vida e os desafios que ela nos apresenta numa atitude de gratidão! É pela gratidão que transformamos nosso pesar em compaixão e nossas experiências de dor e sofrimento em resiliência e sabedoria de vida para os outros.

“Desculpe”. Necessitamos do perdão, de perdoar e de sermos perdoados. Somos frágeis e vulneráveis, caímos, erramos, agredimos e também somos feridos na convivência humana. O drama é quando essa experiência se transforma em cukpa num coração petrificado que não dá lugar ao perdão que liberta e reata a possibilidades de comunicação e comunhão. Há toda uma jornada de humildade a ser percorrida para ressignificar relacionamentos quebrados, sentimentos e dignidade feridos. Em determinadas circunstâncias temos que aprender a perdoar a vida por nos ferir tanto!

“Eu te amo”. Sem amor não existe vida. Amar é uma expressão profunda de afetividade e ternura humana. É o que faz com que os nossos olhos turvos de lágrimas, brilhem e que vejamos as cores da vida, acreditando que mesmo quando experimentamos o sabor amargo de dias nebulosos e cinzentos, o sol brilha acima de tudo. Sem amor dificilmente se encontra uma razão para viver, e muito menos um significado para despedir-se da vida. Quando sofremos pela perda de um ente querido, ninguém pode tirar a nossa dor, e aprendemos que a saudades é o amor que fica. Amar é também dar permissão para as pessoas partirem! A vida nos chama a aprender a amar novamente, sem esquecer que amar alguém é dizer: tu viverás para sempre (G.Marcel)!

“Adeus”. Nesta vida, um dia chegamos... noutro partimos. Uma das experiências mais difíceis do ser humano é a partida, do nascimento até o último dia de nossa vida, a vida não deixa de ser uma série de inúmeras partidas, algumas temporadas, outras permanentes. Frente ao adeus final de um ente querido surge a necessidade de Ajustar-se a nova realidade em que o outro não estará mais presente, isso ocorre quando conseguimos substituir a presença física pela doce lembrança que nos deixou. Nesse sentido, o aparente absurdo do fim pode se tornar uma conclusão feliz de uma jornada de vida e um novo início.

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