quarta-feira, 13 de abril de 2011

AUDIÊNCIA PÚBLICA DEBATE IMPACTO DE MONOTRILHO PARA A LIGAÇÃO TRECHO ORATÓRIO - CIDADE TIRADENTES

Hoje, 13, pela manhã o vereador PAULO FRANGE, presidente da Comissão de Política Urbana conduziu a Audiência Pública que debateu os impactos do Monotrilho que será implantado na Linha 2 Verde Trecho Oratório – Cidade Tiradentes.
Para analisar com critério e de forma consciente foi elaborado um Estudo de Impacto Ambiental – EIA e cada situação será debatida para que o projeto final seja o mais próximo da necessidade da sociedade como um todo. Os pontos principais levantados na reunião pelo vereador foram:

“Uma preocupação muito grande é a perda de permeabilidade de cerca de quase 11 mil metros quadrados. Qual é a proposta de compensação que possamos apresentar ao longo desse eixo a fim de recepcionar essa água dessa perda pluvial? Existe algum instrumento que não seja só plantar mais árvore, etc? Eu tenho muita dúvida em relação ao paisagismo desse processo e sua manutenção”, ressalta o vereador PAULO FRANGE sobre os impactos ambientais que causarão o monotrilho.

O vereador também ressaltou que há um diagnóstico de 433 estabelecimentos exercendo atividade com potencial de contaminação do solo e também de águas subterrâneas nesse mesmo estudo. Cinco deles estão, inclusive, no site da Cetesb, observando que todos são postos de gasolina.

E questionou o representante da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, Helio Neves sobre quais as providências a serem tomadas nestas áreas potencialmente contaminadas, já que intensos trabalhos foram realizados na CPI de Danos Ambientais em 2010 sobre este tema, é importante que os legisladores possam acompanhar a evolução desses procedimentos. E apontou questões extremamente sérias e danosas a saúde da população:

“Há outra situação, com relação às ações mitigadoras e no sentido de reassentamento da população que vai ser afetada ao longo desse percurso. E além disso, é preciso levar em consideração as barreiras acústicas das rodovias e o grau de ruído. O que temos de barreira acústica proposta para essa situação? Qual o nível de decibéis que esse veículo vai emitir? Já temos aí um sofrimento muito grande da população que mora onde há o ônibus, onde os ruídos ultrapassam o limite dos 90 decibéis, em alguns lugares; e em alguns outros lugares, como era o caso da Celso Garcia, chegavam a 110 decibéis.

Como está a 15m de altura, alguém poderá dizer que está muito alto. Não temos a menor dúvida da verticalização da zona Leste. São Paulo não tem mais para onde crescer. E o Plano Diretor de lá com certeza será contemplado na próxima revisão com mudanças, inclusive, de gabarito. Não tenho a menor dúvida, ainda mais ao longo do eixo de um sistema estrutural de transporte.

Então, essa situação que envolve a barreira acústica é um assunto que gostaríamos muito de ter apreciado com o maior carinho, porque são 21km de ruído que vamos criar. Vamos transportar pessoas e vamos incomodar uma quantidade extraordinariamente maior do que a que transportamos ao longo desse eixo.

É sabido que, nos lugares mais próximos desse tipo de desconforto acústico, as pessoas têm mais alterações no comportamento, irritabilidade, depressão, hipertensão arterial. A Associação de hipertensão arterial e ruído é absolutamente legítima, cientificamente comprovada. Entre as telefonistas, o nível de hipertensão arterial é muito maior do que na população feminina da mesma idade. Portanto, o ruído é um elemento que promove uma doença que poderia ser evitada.”, explica o vereador PAULO FRANGE.

Outra questão que pede atenção é sobre as áreas da cidade com altos níveis de cupins que danificam as estruturas das construções e comprometem a segurança da população.

O projeto do Monotrilho foi desenvolvido em 2009, e compreende as estações Vila Prudente e Hospital Cidade Tiradentes, com extensão total de 24,54 km, com 17 estações e dois pátios de estacionamento e manutenção. E utiliza a tecnologia de tração elétrica e pneus que circulam em vigas-guias elevadas construídas sobre o canteiro central do sistema viário existente. Esse novo modelo proporcionará maior capacidade de transporte, rapidez, regularidade, confiabilidade, eficiência e conforto, além de expressiva redução de emissões de poluentes veiculares, contribuindo assim para a melhoria da qualidade do ar. Em operação carregará 40.278 passageiros por hora a cada sentido.

Através do Site da Secretaria do Verde e Meio Ambiente é possível ter acesso ao Relatório da área de Impacto Ambiental e imagens da região que será contemplada, acesse: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/eia__rimaeva/index.php?p=25106

Abaixo conheça toda a extensão e por onde passará o Monotrilho:
(clique em cima da imagem para ampliá-la)






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