quinta-feira, 10 de setembro de 2009

LEITURA DE BULA AGORA É DIDÁTICA

O hábito de ler a bula não é um costume comum em nossa sociedade. Na verdade, ler e compreender seus dizeres é um grande desafio para muitas pessoas. Na utilização do medicamento essa leitura é indispensável. Porém, as informações contidas na bula são, na maioria das vezes, extremamente técnicas e escritas em linguagem cientifica, na qual somente os médicos ou profissionais da saúde estão aptos a interpretar. Mas o problema não se resume apenas na interpretação, mas também têm na nítida visualização. Muitas vezes, o tamanho do texto é extremamente pequeno, tornando a leitura complexa e difícil.

Mas, a novidade é que a partir de 2011, os pacientes terão mais comodidade e facilidade para ler a “temida” bula. Uma resolução publicada ontem, 09, em “Diário Oficial da União” pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), determina alterações e novas regras para a emissão do documento. Elas deverão ser mais didáticas, com informações diferenciadas para o público leigo e conteúdo técnico para os profissionais da saúde. Ou seja, os remédios distribuídos nas farmácias e drogarias terão uma bula com linguagem específica para o público em geral, mais simples e de fácil entendimento. Já as mais técnicas serão incluídas nos medicamento de uso hospitalar e de centros ambulatoriais.

Entre as principais mudanças, a visualização da fonte, agora em tamanho 10 e espaçamento entre as linhas, facilitará a leitura. Além disso, as informações serão distribuídas em formato de perguntas e respostas, o que facilitará o entendimento. Outra novidade é o acesso à bula as pessoas portadoras de deficiência visual, na qual poderão ouvir o que está contido no conteúdo em gravação e até receber o material impresso em braile pelo correio ou por correio eletrônico. Os arquivos das bulas podem ser consultados por meio do bulário eletrônico, através do site da Anvisa (www.anvisa.gov.br).

Segundo a Sindox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacologicas), as bulas atuais possuem falhas que confundem os consumidores. Só em 2007, cerca de 30% dos casos de intoxicação no Brasil foram provocados por uso incorretos de remédios, totalizando 34.028 registros. De fato, esta ação da Anvisa é fundamental para a segurança de todos os seres humanos. A orientação da bula pode garantir a correta administração do medicamento. Informação complementar aos pacientes é importante para o uso eficaz do remédio. Contudo, para os médicos a bula é uma “ferramenta” fundamental e indispensável, que trás toda a composição usada na droga, bem como a indicação, formas de tratamentos e efeitos colaterais que ela pode causar. Certamente, com isso a qualidade da saúde da população será melhor. Saúde é primordial!

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