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terça-feira, 15 de maio de 2012

Mulheres Soropositivos podem ter filhos saudáveis



As mulheres naturalmente sonham em ser mães. Para as soropositivas isso era um pesadelo. O medo e a insegurança, aliados a desinformação transformavam essas pessoas em um grande problema de saúde pública.
Hoje, o acesso universal ao tratamento do HIV, modelo Brasileiro que vem sendo copiado e elogiado pelo mundo todo, possibilita um novo cenário para as mulheres com o vírus da AIDS que desejam  tornar-se  mães. A  queda nas taxas de transmissão vertical (de mãe para filho) do HIV é uma realidade que anima muito as mulheres  soropositivas.

“As tecnologias atualmente disponíveis e recomendadas no Brasil são capazes de reduzir o risco de transmissão vertical para menos de 1%.”, afirma o Ministério da Saúde. Entre 2008 e 2009, cerca de 6 mil mulheres sabidamente viviam com HIV e  engravidaram.
Ainda, segundo o Ministério da Saúde  “ havendo desejo de paternidade ou maternidade, é necessário estabelecer um planejamento conjunto”. No Brasil,  80% das pessoas com Aids se encontram na faixa etária reprodutiva. Daí, a importância desses procedimentos e dos protocolos de tratamento e acompanhamento desses casais.

Atualmente  no Brasil,  a Aids não é uma doença que mata como antes e nem como em outros países que deixaram de estabelecer uma política responsável e focada na busca de solução para essa patologia que passou amedrontar o mundo e deixou apreensivo todos os pesquisadores  e profissionais de saúde de todos os países. A gravidez é passível de monitoramento, mesmo sendo de alto risco. É necessário tomar medidas para reduzir a transmissão vertical e evoluir com segurança.

O Brasil tem hoje cerca de 200 maternidades habilitadas para esse tipo de gestação de alto risco. Os médicos são orientados para encaminhar essas mães para maternidades especializadas.  Na dependência da condição imunológica da mãe é que se planeja o tratamento e se programa o melhor momento clínico para que aconteça a gravidez.

Há de se compreender que temos duas situações distintas: casais sorodiscordantes, quando apenas um é soropositivo, em que se faz a autoinseminação e  nos casos de soroconcordantes onde se orienta relação nos períodos férteis. Em todos os casos, é necessário acompanhamento pré-natal, uso de atirretrovirais até a hora do parto, e não amamentar no pós-parto . Assim, o risco reduzirá em até 99 % de transmissão do HIV para a criança.

O parto, na grande maioria das vezes é feito por cirurgia cesariana.  O importante é que, todo o suporte, medicações antirretrovirais  e tratamento são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.
Reclamamos muito do Sistema Público de Saúde no Brasil, e queremos mais. Muito mais. Mais qualidade, humanização e presteza no atendimento. No caso de HIV/AIDS, temos tido a oportunidade de ensinar aos outros povos, dar exemplo de competência e inclusive para os países chamados de ricos ou de primeiro mundo. 

* Paulo Frange é médico e Vereador pelo PTB

terça-feira, 22 de março de 2011

UMA BOA NOTÍCIA PARA A SAÚDE!

Vereador PAULO FRANGE apóia novas normas determinadas pela ANVISA para a divulgação e controle do uso da talidomida!

Hoje, 23, em destaque na editoria de saúde dos jornais Folha de São Paulo e Estadão uma reportagem que muito alegra os especialistas em saúde. A notícia é que a partir de agora as reações adversas à talidomida terão de ser notificadas. Uma verdadeira vitória para comemorar! Vejam:


REAÇÕES ADVERSAS À TALIDOMIDA TERÃO DE SER

A notificação de casos de reação adversa devido ao uso da talidomida passará a ser obrigatória. É o que prevê resolução aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que será publicada no "Diário Oficial da União" nos próximos dias.

A nova norma determina ainda que a embalagem do medicamento apresente a foto de uma criança com deficiência física provocada pelo produto. Ele é usado no país para o tratamento da Aids, do lúpus, da hanseníase, de doenças crônicas e do câncer. No entanto, o remédio provoca encurtamento dos braços e das pernas de bebês quando utilizado durante a gravidez.

No início da década de 60, o Brasil registrou o nascimento da primeira criança com má-formação dos membros por causa da talidomida. Várias brasileiras usavam o medicamento para evitar enjoos na gestação. Desde 1997, uma lei proíbe o uso da talidomida por mulheres em idade fértil.

Para aumentar o controle sobre a prescrição do remédio, a resolução da Anvisa estipula que as vigilâncias sanitárias deverão fornecer o modelo de receita ao médico. Atualmente, o profissional recebe um número fornecido pela vigilância e fica responsável pela impressão do receituário. O Ministério da Saúde vai criar um sistema com dados dos médicos que prescrevem o medicamento e os usuários.

A agência reguladora vai definir também os critérios para descarte do remédio e irá detalhar sanções para a prescrição indevida. A resolução passa a valer 90 dias após a publicação oficial.

Governo federal indenizou mais de 300 vítimas


Desde o ano passado, uma lei determina que o governo federal pague uma indenização por danos morais para vítimas da talidomida. Para ter direito ao benefício, as vítimas tinham de abrir mão de ações na Justiça pedindo outras indenizações ao governo. As ações contra o fabricante do medicamento podem continuar.


Segundo Cláudia Marques Maximino, da Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da Talidomida, mais de 300 pessoas (vítimas da primeira geração) foram indenizadas entre dezembro de 2010 e janeiro deste ano. O valor varia segundo o grau de dependência das vítimas por causa da deficiência.