*Artigo de Paulo Frange
Cada ano que passa, nos assustamos com os índice de homicídios no Brasil. São 26 por 100 mil habitantes (homicídios em geral).
Na virada do século, tínhamos pesquisas que se confrontadas com as atuais, mais de uma década depois, parece ter estancado a violência, mas ainda temos que amargar um lastimável e vergonhoso sétimo lugar entre os 84 países monitorados por organismos internacionais, interessados em interpretar especificamente a violência contra a mulher.
A recente publicação no início de maio de 2012, mostra uma taxa de 4,4 mulheres vitimas para cada 100 mil habitantes.
O líder do ranking, é El Salvador com taxa de 10,3 vítimas para cada 100 mil mulheres. Na frente do Brasil ainda aparecem Trinidad e Tobago (7,9), Guatemala (7,9), Rússia (7,1), Colômbia (6,2) e Belize (4,6). Temos pouco para comemorar!
O interessante é ter taxa zero em Marrocos, Egito, Bahrein, Arábia Saudita e Islândia estão na outra ponta do índice de homicídios entre as mulheres. É aqui que gostaríamos de estar.
A pesquisa , é coordenada pelo sociólogo, Julio Jacobo Waiselfisz, e batizada de 'Mapa da Violência de 2012: Homicídios de Mulheres no Brasil'.
O objetivo do estudo é traçar um panorama da evolução do homicídio de mulheres entre 1980 e 2010, quando foram assassinadas 91.932 mulheres.
Os Estados com maiores taxas, no ano de 2010, foram: Espírito Santo, Alagoas e Paraná, com taxas de 9.4, 8.3 e 6.3 homicídios para cada 100 mil mulheres, respectivamente. O detalhe é que normalmente pensaríamos em São Paulo e Rio de Janeiro como os estados mais violentos por serem os mais noticiados entre os demais quanto ao consumo de alcool,droga e da violência urbana tão noticiada. Esses dois estados tiveram uma redução de 60 e 40%, respectivamente, em uma década, talvez decorrente da política de Segurança Pública.
O intrigante da pesquisa é que 69% das vítimas femininas atendidas pelo SUS, o local da agressão foi a própria casa. Isso naturalmente nos remete a discussão da familia. Chama atenção a interiorização da violência, fenômeno observado e preocupante. Curioso também é que em cerca de 20% dos municípios do Brasil ou seja,mais de 1000, não se detectou um so homicídio nos últimos três anos.
Um detalhe também significativo é o local onde aconteceu a agressão: em 69% das vítimas femininas atendidas pelo SUS, foi na própria casa. Cabe aqui uma reflexão sobre familia, ambiente familiar, princípios religiosos e a presença do estado, oferecendo qualidade de vida, opções de lazer, recreação e espaços para sociabilidade nessas comunidades.
O extenso relatório desse estudo, com certeza poderá nortear Políticas Públicas de toda a natureza, em especial Política de Segurança Pública. O que não podemos aceitar mais, é um país como o nosso que não convive com disputas territoriais, guerras, conflitos étnicos, de religião, de cor ou de raça, ter sua taxa de homicídios como países em conflitos permanentes.
Cada ano que passa, nos assustamos com os índice de homicídios no Brasil. São 26 por 100 mil habitantes (homicídios em geral).
Na virada do século, tínhamos pesquisas que se confrontadas com as atuais, mais de uma década depois, parece ter estancado a violência, mas ainda temos que amargar um lastimável e vergonhoso sétimo lugar entre os 84 países monitorados por organismos internacionais, interessados em interpretar especificamente a violência contra a mulher.
A recente publicação no início de maio de 2012, mostra uma taxa de 4,4 mulheres vitimas para cada 100 mil habitantes.
O líder do ranking, é El Salvador com taxa de 10,3 vítimas para cada 100 mil mulheres. Na frente do Brasil ainda aparecem Trinidad e Tobago (7,9), Guatemala (7,9), Rússia (7,1), Colômbia (6,2) e Belize (4,6). Temos pouco para comemorar!
O interessante é ter taxa zero em Marrocos, Egito, Bahrein, Arábia Saudita e Islândia estão na outra ponta do índice de homicídios entre as mulheres. É aqui que gostaríamos de estar.
A pesquisa , é coordenada pelo sociólogo, Julio Jacobo Waiselfisz, e batizada de 'Mapa da Violência de 2012: Homicídios de Mulheres no Brasil'.
O objetivo do estudo é traçar um panorama da evolução do homicídio de mulheres entre 1980 e 2010, quando foram assassinadas 91.932 mulheres.
Os Estados com maiores taxas, no ano de 2010, foram: Espírito Santo, Alagoas e Paraná, com taxas de 9.4, 8.3 e 6.3 homicídios para cada 100 mil mulheres, respectivamente. O detalhe é que normalmente pensaríamos em São Paulo e Rio de Janeiro como os estados mais violentos por serem os mais noticiados entre os demais quanto ao consumo de alcool,droga e da violência urbana tão noticiada. Esses dois estados tiveram uma redução de 60 e 40%, respectivamente, em uma década, talvez decorrente da política de Segurança Pública.
O intrigante da pesquisa é que 69% das vítimas femininas atendidas pelo SUS, o local da agressão foi a própria casa. Isso naturalmente nos remete a discussão da familia. Chama atenção a interiorização da violência, fenômeno observado e preocupante. Curioso também é que em cerca de 20% dos municípios do Brasil ou seja,mais de 1000, não se detectou um so homicídio nos últimos três anos.
Um detalhe também significativo é o local onde aconteceu a agressão: em 69% das vítimas femininas atendidas pelo SUS, foi na própria casa. Cabe aqui uma reflexão sobre familia, ambiente familiar, princípios religiosos e a presença do estado, oferecendo qualidade de vida, opções de lazer, recreação e espaços para sociabilidade nessas comunidades.
O extenso relatório desse estudo, com certeza poderá nortear Políticas Públicas de toda a natureza, em especial Política de Segurança Pública. O que não podemos aceitar mais, é um país como o nosso que não convive com disputas territoriais, guerras, conflitos étnicos, de religião, de cor ou de raça, ter sua taxa de homicídios como países em conflitos permanentes.
O relatório completo do estudo , pode ser acessado no site http://www.mapadaviolencia.net.br/
*Paulo Frange é médico e Vereador de São Paulo pelo PTB.
Paulo Frange
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