terça-feira, 26 de abril de 2011

ATENÇÃO A HIPERTENSÃO!

Quando o assunto é sério ele deve ser lembrado e tratado com freqüência e muita responsabilidade, principalmente como forma de prestação de serviço. Para tanto, mais uma vez vamos falar de “hipertensão”, uma doença que está cada vez mais presente no cotidiano de todos nós e o tratamento é fundamental. Hoje, o Jornal da Tarde traz mais uma reportagem que contribui com informações valiosas sobre o tema e uma campanha que devemos divulgar. Vejam abaixo:

DOENÇAS MAIS LETAIS: CULPA DA HIPERTENSÃO


As duas principais causas de morte do País estão diretamente relacionadas à hipertensão. Cerca de 80% dos casos de acidente vascular cerebral (derrame) e enfarte são provocados pela pressão elevada, segundo dados do Hospital do Coração (HCor). Juntas, as doenças cardiovasculares provocam em torno de 315 mortes por ano, número duas vezes maior que os óbitos causados por todos os tipos de câncer juntos e três vezes superior às mortes por acidentes, de acordo com um levantamento feito pela a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).


Mais da metade das mortes pelas doenças cardiovasculares, contudo, poderia ser evitada se a hipertensão fosse controlada. O problema é que a pressão alta é subestimada pelos pacientes, dizem os médicos. Isso porque, na maioria dos casos, a doença não provoca sintomas. Assim, embora 30% dos adultos do País sejam hipertensos, a SBC estima que apenas um em cada quatro deles estejam em tratamento. Para tentar reverter esse quadro, hoje, Dia Nacional de Prevenção e Controle da Hipertensão, a entidade lança uma campanha de peso contra a doença, com a participação de artistas, modelos e esportistas, como o ex-jogador de futebol Ronaldo Nazário.


Eu sou 12 por 8 (www.eusou12por8.com.br), uma referência à taxa ideal de pressão, a campanha vai contar com ações diversas pela cidade, como palestras e medição gratuita de pressão em vários endereços. “Se não fizemos ações de prevenção agora, vamos ter uma população muito grande de idosos doentes em breve e não vai existir sistema de saúde, público ou privado, capaz de conseguir pagar essa conta”, constata o médico Carlos Alberto Machado, coordenador de ações sociais da SBC.


Machado enfatiza a necessidade de despertar a atenção da população para o controle da pressão. “É uma doença que conhecemos bem, sabemos como tratar e ainda temos remédio de graça. Com tudo isso, nosso objetivo é mudar esses indicadores e atingir uma taxa de 80% a 90% de controle da doença”, avalia.


Medição frequente


Uma das objetivos da SBC é incentivar que o próprio paciente sempre peça ao médico, de qualquer especialidade, que faça a aferição da pressão. “Às vezes, o único contato que a pessoa tem com o médico é quando fratura um pé ou um braço. Se o ortopedista não mede a pressão do paciente nesse momento, portanto, talvez ele esteja perdendo a única oportunidade de descobrir uma hipertensão”, diz o médico Celso Amodeo, do Hospital do Coração (HCor).


Na terceira idade, alterações de pressão são ainda mais comuns. Mais da metade da população brasileira entre 60 e 69 anos apresenta a doença. Entre os que têm mais de 70 anos, 75% sofrem de pressão alta. “Na prática, muitos pacientes atingem idades avançadas sem nunca terem sua pressão medida”, completa Amodeo. Segundo ele, a aferição da pressão também pode ser feita por farmacêuticos e até pelos próprios pacientes, desde que equipados com um bom aparelho.


Quem se sente bem também deve medir a pressão, no mínimo duas vezes por ano. Sedentários, obesos, consumidores de álcool e de muito sal estão no grupo de risco e devem fazer um controle mais rigoroso. “Por não emitir sinais, os pacientes tendem a não valorizar o tratamento e muitos casos nem são identificados”, explica o médico Jairo Lins Borges, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.

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