quarta-feira, 22 de setembro de 2010

DIA MUNDIAL SEM CARRO: UMA QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA


Como cidadão, médico e componente do Poder Legislativo da cidade de São Paulo há 13 anos, hoje, em especial, gostaria de aproveitar este espaço para informar e promover reflexão na população mundial acerca da importância de cuidar do nosso planeta, da fauna e flora, e criar alternativas mais sustentáveis de mobilidade.

O 22 de setembro é marcado pela celebração do Dia Mundial Sem Carro. A comemoração surgiu na França nos anos 90, quando cidadãos de algumas cidades francesas decidiram deixar o carro em casa em busca de alternativas de locomoção, deixando o motorizado de lado. No Brasil, o movimento chegou em 2001, e o crescimento já é notável. A cada ano mais cidades brasileiras criam parcerias com as prefeituras que fecham ruas e fazem ações de passeios de bicicleta e caminhadas como ações de conscientização para o uso racional e moderado dos automóveis. O dia é celebrado em 40 paises. O objetivo, contudo, é mobilizar, conscientizar e informar as pessoas sobre os problemas caudados pelo uso excessivo e individual de carros nos grandes centros urbanos.

Pesquisa promovida pelo Movimento Nossa São Paulo e pelo instituto de pesquisas Ibope revela que os moradores da capital paulista gastam, em média, duas horas e 42 minutos por dia com deslocamentos para realizar suas atividades cotidianas. Ainda segundo o levantamento, só para ir e voltar do trabalho, em média, a população gasta uma hora e 49 minutos. Do total de entrevistados, 11% gastam três horas ou mais. Ao todo, foram ouvidos 805 moradores da cidade entre os dias 25 e 30 de agosto. Entre eles, 68% consideram a situação do trânsito de São Paulo péssima ou ruim. Os dados foram divulgados pelo Jornal Folha de S. Paulo do dia 16 deste mês.

No Brasil, de acordo com o levantamento feito este ano pelo Denatran, existem cerca de 35 milhões de automóveis no país. A cidade de São Paulo é líder com a estatística de um carro por dois habitantes. Na verdade, o uso do carro individual é o grande vilão, porém, a importância que as pessoas atribuem ao carro também contribui para a elevação diariamente desses números. O sonho do carro próprio já faz parte da nossa cultura.

Nas grandes metrópoles, com São Paulo, é impossível impedir o uso de veículos. Mas, de certa forma, é possível sim reduzir a quantidade de carros individuais nas ruas para evitar os grandes congestionamentos, poluição do ar e sonora (que resulta em diversos problemas de saúde), acidentes de trânsito, alto consumo de combustíveis, queda de produtividade e baixa da qualidade de vida, entre outras questões.

O investimento no transporte público eficiente e de alta qualidade estimula a população a aderir ao malha viária coletiva. Além disso, a criação e implantação de ciclovias e ciclofaixas nas principais ruas e avenidas das cidades, juntamente com os sistemas de aluguel e transporte de bikes, contribui e muito para a redução de veículos nas ruas das cidades. E isso deve ser feito!

Para tanto, simples gestos pode ajudar a mudar esta realidade. Pense no que você poderia fazer para contribuir! Será mesmo que é necessário tirar o carro da garagem para ir a padaria, ao supermercado ou à feira que fica próximo a sua casa? Pode fazer uma caminhada ou até mesmo ir de bicicleta. Se você trabalha próximo a um familiar ou amigos, que tal usarem um carro só para a locomoção? Carona solidária é principio de cidadania! Pense nisso e ajude a salvar o planeta!


FONTES:

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/799793-paulistano-gasta-2-horas-e-42-minutos-no-transito-diariamente-mostra-pesquisa.shtml

http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/12589


http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4637459-EI238,00-Dia+Mundial+Sem+Carro+ocorre+em+de+setembro.html

Crédito da foto: www.ondepedalar.com

Um comentário :

Renato disse...

Esse movimento deveria ser chamado de Ano Mundial sem carro, pois ninguém aguenta mais a quantidade excessiva de carros e a poluição cobrindo o céu de SP (e do mundo).
Chegou o momento em que temos que buscar alternativas mais práticas e mais auto-suficientes, como o uso da bicicleta, essa que não agride nosso meio ambiente e muito menos o seu bolso.
Hoje em dias, na cidade de SP já existem projetos implementados, como por exemplo a Ciclofaixa de lazer que é de autoria de Walter Feldman, que visa essa transição do carro para a bicicleta de um jeito mais saudável, que é, obviamente, pedalando.

http://bit.ly/aOJzBZ