terça-feira, 8 de junho de 2010

VEREADOR PAULO FRANGE PEDE MAIS FISCALIZAÇÃO NAS CLÍNICAS CLANDESTINAS DE ABORTO

O avanço no número de clínicas de aborto, medicamentos falsificados, a falta de estrutura no atendimento às casas de repouso e a ineficiência na fiscalização dos centros estéticos na cidade de São Paulo foram alguns dos questionamentos feitos pelo vereador PAULO FRANGE nesta terça-feira, durante a CPI da Covisa, aos delegados titulares da Divisão de Investigações Sobre Infrações Contra a Saúde Pública, Dr. João Lopes Filho e o Dr. Sérgio Norcia.

Aos serem questionados sobre a existência de clínicas de aborto e aos centros estéticos que prometem resultados milagrosos, os delegados admitiram dificuldades encontradas pela polícia para comprovar o funcionamento destas clínicas. De acordo com o Dr. João Lopes, o acesso é através de senhas ou alguém indicando.

Outra preocupação do parlamentar é quanto a fabricação de medicamentos feitos exclusivamente em clínicas ortomoleculares. Estas oferecem aos pacientes produtos com susbtâncias naturais prometendo melhor qualidade de vida.

Segundo os delegados, ainda não houve registro de ocorrência relacionado à remédios ortomoleculares na Divisão de Investigações.


Notícias da CPI da Covisa no site da Câmara Municipal de São Paulo

Delegados depõem sobre roubo e falsificação de medicamentos

CPI ouviu delegados da Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Saúde Pública
Os delegados titulares da Divisão de Investigações de Infrações contra a Saúde Pública da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Sérgio Norcia e João Lopes Filho, foram os convidados a depor na 13ª reunião ordinária desta terça-feira (08/06) da CPI para apurar eventual deficiência no desempenho das competências da Covisa (Coordenação de Vigilância Sanitária).

Norcia informou que os receptadores de medicamentos se dividem entre os imediatos e os de “colarinho branco”. Também contou que os medicamentos oncológicos são os mais roubados, até por serem mais caros e que existem desvios de remédios nos hospitais.


De acordo com esse delegado, muitas vezes os ladrões de remédio envolvidos no crime organizado se valem de armamento pesado, como submetralhadoras. Há também casos de farmácias de manipulação clandestinas e fabricação ilegal de medicamentos para disfunção erétil, chás e “garrafadas”. Segundo o vice-presidente da CPI, vereador Paulo Frange (PTB), os remédios falsificados para disfunção erétil são vendidos principalmente em farmácias que funcionam contíguas a lojas de conveniência de postos de gasolina.

Norcia também relatou aos vereadores que foram realizadas prisões de farmacêuticos que prescreviam e vendiam remédios manipulados em meras drogarias.

O delegado João Lopes Filho fez uma retrospectiva de um ano da criação da sua Divisão, esclarecendo as atribuições dela. Salientou que a Polícia Civil atua só quando recebe a notícia do crime. As delegacias da Divisão recebem denúncias da Anvisa, da Covisa, da Vigilância Sanitária estadual e da CIF. Segundo Lopes Filho, estão em andamento 60 inquéritos policiais, além de existirem ocorrências que aguardam laudos periciais de alimentos e medicamentos.

A Divisão foi acionada pela CPI duas vezes para acompanhar diligências no Supermercado Carrefour e uma no Pão de Açúcar.

Paulo Frange inquiriu o delegado se ele sabia da existência de clínicas de aborto. João Lopes Filho reconheceu que é difícil comprovar o funcionamento dessas clínicas já que nelas “só se entra com uma senha, ou alguém indicando”. Para Lopes Filho, só se entra nas clínicas de aborto com mandado judicial, o que só é possível mediante a instauração de inquérito policial, o que, por sua vez, necessita de indícios. O delegado revelou que a maioria das clínicas dispõe de triturador de fetos ou os expelem pelo aparelho sanitário, o que dificulta a obtenção de provas ou indícios.


Fonte: Câmara Municipal de São Paulo
Fotos: Fotógrafo Juvenal Pereira
Assessora de imprensa Ana Cláudia Sacomani

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