terça-feira, 20 de outubro de 2009

CPI DISCUTE CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS

Em reunião ordinária da CPI de Danos Ambientais estiveram presentes a empresa de Águas Petrópolis, e a Água Mineral Cristalina.

Por solicitação da CPI a Empresa de Águas Petrópolis, vai pagar a realização de análises bacteorológica e de radioatividade de suas águas minerais em laboratório. A escolha fica por conta dos componentes da CPI, conforme determina legislação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Informações técnicas

“As informações dadas pelos representantes da Petrópolis e Cristalina são bastante técnicas. E a discussão quando caminha pela área técnica nós temos de buscar entender e administrar essa informação. O grande problema que o vereador tem numa CPI, quando esbarra numa técnica difícil, é administrar a informação”, reagiu o vereador Paulo Frange (PTB).

Frange explicou: “os números e informações que nós tínhamos vieram de grupos técnicos, mas não com uma expertise tão grande quanto nós encontramos quando falamos com técnicos de empresas que estão instaladas há décadas”.

O vereador disse que agora que “a CPI vai confrontar as informações e buscar outras com a Cetesb, Cnen, Covisa para que possamos ter um juízo de valor a respeito de cada uma dessas situações”.

Para Frange foi “consistente a discussão, porque vieram pessoas preparadas para responder, trouxeram informações novas e nos deram a oportunidade de refazer os exames que estamos em dúvida, assumindo eles o ônus dessas análises”.

A preocupação com relação à contaminação das águas das duas empresas se deve ao fato que de que as fontes se localizam próximas a uma área contaminada por resíduos radioativos da Nuclemon e resíduos organoclorados da Novartis.

Olívia, representante da Cristalina, tranquilizou os vereadores, informando que, por determinação do Ministério Público, foram realizadas análises a cada três meses durante três anos e não foi detectada contaminação da água.

Já o presidente da Petrópolis destacou que a conformação geológica do terreno onde se encontram as fontes impede a contaminação de seu produto. E esclareceu que a água mineral de sua empresa não é captada do lençol freático. “A nossa água é retirada a partir de 130 metros de profundidade (Fonte Santa Ana), a 300 metros (Fonte Santa Lúcia) e a 500 metros de profundidade (Fonte Santa Catharina), todas localizadas no aquífero contido, onde as águas estão armazenadas de 500 a mil anos”, informou Lopes Júnior.
Crédito da Foto: Juvenal Pereira

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