segunda-feira, 14 de setembro de 2009

ÓLEO DE COZINHA: PROTEJA SUA SAÚDE E O MEIO AMBIENTE!!!

Quem resiste a uma fritura ou uma salada bem temperada? Difícil ceder... Presente em boa parte das cozinhas brasileiras, o óleo serve para temperar e fritar os alimentos, mas seu final, geralmente, é sempre o mesmo: o ralo da pia ou o cesto de lixo. O problema é que o óleo utilizado nos lares e restaurantes, além de fazer mal à saúde se ingerido em excesso, também causa danos enormes ao meio ambiente. Com isso, muitas dúvidas ainda existem com relação ao seu melhor consumo, formas de reutilização e descarte.

Por definição, óleos e gorduras consistem em substâncias que não se misturam com a água, ou seja, são insolúveis. Podem ser de origem animal ou vegetal. O óleo vegetal, que origina o de cozinha, é obtido por meio de plantas ou sementes, como o buriti, mamona, soja, canola, girassol, milho, entre outros. Sua constituição química é composta por triglicerídeos, que são formados da condensação entre glicerol e ácidos graxos. Portanto, a diferença entre gordura e óleo está no estado físico, na qual a gordura é sólida e o óleo é líquido, ambos a uma temperatura de até 20°C. Por isso, o óleo deve ser consumido com moderação, uma vez que o excesso pode causar diversos maléficos ao organismo humano, como o aumento do colesterol.

A grande preocupação é a maneira com que o óleo de cozinha é usado e, principalmente, a forma como ele é lançado na natureza. Quando descartado diretamente na pia ou no lixo, causa entupimento na rede de esgotos e do encanamento, polui córregos, riachos, rios e o solo. Resultado: o óleo impermeabiliza o local em que é despejado, impedindo que a água seja absorvida, prejudicando a fauna aquática e a degradação do solo.

Para se ter uma idéia, 1 litro de óleo de cozinha pode poluir certa de 20.000 litros de água potável de um rio. Esta situação faz encarecer em até 45% o custo para o tratamento da água, além de agravar o efeito estufa, uma vez que o contato da água poluída pelo óleo ao desembocar no mar gera uma reação química que libera gás metano, um componente muito mais agressivo ao nosso ecossistema do que o gás carbônico. Esta é uma preocupação constante!

Mesmo com estes dados, ainda há alternativas para reverter este fato, já que o óleo usado pode ser reutilizado na produção de sabão em pedra, detergentes, glicerina, massas de vidro, resina para tintas, componentes para fertilizantes e até mesmo biodiesel. O método consiste na análise do óleo que, antes de seguir para reciclagem, passa por processos de filtração e aquecimento para retirada de impurezas. Logo após, o óleo é classificado por acidez e índice de peróxidos e então encaminhado para a reciclagem. Isso resulta em diversos benéficos ao meio ambiente. Segundo o Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas de Ribeirão Preto, o biodiesel, por exemplo, é um biocombustível 100% renovável e alternativo ao diesel derivado do petróleo. Sua fabricação se dá através de um processo chamado transesterificação, que é uma reação química entre óleos vegetais (novos ou usados) e álcool de cana de açúcar ou metanol (álcool que tem origem no gás natural ou petróleo). Tem como objetivo evitar uma parte do lançamento de enxofre na atmosfera, substância presente no diesel de petróleo, além de diminuir os índices de emissão de dióxido de carbono. Este processo permite que o biodiesel seja também biodegradável.

Contudo, nada disso será possível sem a devida conscientização de cada um de nós. Cuidar da saúde é essencial. Proteger a natureza é de competência de cada ser humano que habita a Terra! Para tanto, a primeiro passo é armazenar as sobras de óleos de fritura em um recipiente como garrafa pet com tampa, as de refrigerantes e procure algum local que receba este material. Não poupe esforços! A preservação é essência para garantir o futuro.

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