segunda-feira, 24 de agosto de 2009

NOVIDADES SOBRE APNÉIA NOTURNA!!!

Meu trabalho é como de um garimpeiro... vou a fundo para entender cada necessidade do nosso município, minuciosamente. Para isso, também conto com as notícias dos jonais que apresentam pesquisas interessantes sobre diversos temas. Ainda mais quando trazem inovações na área da saúde. Hoje, ao folear os jornais, li uma pequena matéria de canto de página que muito interessa uma boa parcela da população. Digo isso, porque não são apenas os paulistanos que sofrem com a apnéia. Acompanhe as novas descobertas relatadas pelo jornalista Alexandre Gonçalves:


UMA NOVA PESQUISA ASSOCIA APNÉIA A ORIGEM GENÉTICA

ALEXANDRE GONÇALVES
Da Agência Estado

São PauloDescendentes de europeus têm mais chance de sofrer apneia, distúrbio respiratório que ocorre durante o sono, normalmente associado ao ronco. É o que mostra uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com 1.010 pessoas que realizaram o exame de polissonografia durante uma noite inteira no Instituto do Sono.

Para obter dados confiáveis, os pesquisadores utilizaram análise genética para determinar a ancestralidade (europeia, africana ou indígena) de cada participante do experimento, método mais objetivo do que a autodeclaração de etnia no cadastro de inscrição.

Os cientistas usaram 31 marcadores informativos de ancestralidade genética - pedaços do genoma que identificam com boa precisão características associadas a etnias particulares.

Como há uma grande miscigenação no País, um programa de computador determinou, com base nos marcadores, a proporção das três categorias de ancestralidade para cada indivíduo estudado.

Uma pessoa poderia, por exemplo, apresentar 70% de ancestralidade europeia, 20% de africana e 10% de indígena.

"Foi o primeiro estudo epidemiológico brasileiro que analisou a associação entre ancestralidade genética e uma doença", aponta Camila Guindalini, principal autora do artigo, que será apresentado em novembro no Congresso Internacional da Associação de Medicina do Sono.

No grupo de pessoas que sofriam de apneia, a ancestralidade europeia média foi de 78,2%. Nos indivíduos sem o distúrbio, caiu para 73,5%.

A ancestralidade africana apareceu como um fator protetor. O porcentual médio era significativamente maior nas pessoas sem a doença: 20,1%, em comparação com os 16,1% das pessoas que sofriam de apneia.

Os pesquisadores usaram métodos estatísticos para eliminar a interferência de outras variáveis associadas à doença, como sexo - o distúrbio é mais comum em homens - e obesidade. Cerca de 33% dos participantes no estudo tinham apneia. Algumas pessoas precisam de menos horas de sono para ficar bem. Foi o que mostrou um estudo publicado recentemente na revista especializada Science.


_______________________________

Ainda neste tema, além da preocupação como médico, como vereador propus na Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei Nº328/2009 que institui o Programa de Atendimento a Pacientes Portadores de Apnéia Noturna.

** O Programa de Atendimento a Pacientes Portadores de Apnéia Noturna deverá ser desenvolvido e acompanhado pela Secretaria Municipal de Saúde, com finalidade de divulgar nos diversos segmentos da sociedade a prevenção, o diagnóstico e seu tratamento.

** A Rede Pública de Saúde deverá promover as seguintes ações específicas do Programa:

> protocolo de atendimento, diagnóstico e tratamento do distúrbio ocasionado pela Apnéia Noturna;

> recursos de diagnóstico para a realização dos exames de polissonográfia, dentre outros;

> disponibilizar aos Portadores de Apnéia Noturna todos os recursos terapêuticos necessários;

> indicação e realização de procedimento cirúrgico, se o caso;

** Para a consecução dos objetivos do Programa de Atendimento Portadores de Apnéia Noturna, a Prefeitura Municipal de São Paulo poderá celebrar convênios e/ou instrumentos de parcerias com pessoas jurídicas de direito público ou privado.

Nenhum comentário :