Os noticiários e reportagens por todo o país vem mostrando a contaminação da gripe suína de um continete a outro, ressaltando para a POSSIBILIDADE de uma pandemia. O alerta é impressindível, só é preciso cuidado com o alarde correto para não causar pânico desnecessário. A característica mais relevante é o vírus da gripe suína ser HÍBRIDO. É bom lembrar que, no episódio da gripe aviária (2006/2007) tratava-se de um vírus das próprias aves que, eventualmente, contaminou humanos que participaram do manejo e o contato direto com os esses animais. A grande preocupação da época era a mutação do vírus e assim, sem controle ou combate, a transmissão teria forte risco de pandemia. É possível recordar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a cogitar a suspensão da Copa do Mundo, caso isso acontecesse ou o quadro se agravasse.
Aqui, nós estamos falando de um vírus híbrido da influenza Tipo A e subtipo H1N1, cuja composição cromossômica RNA do vírus suíno, aviário e humano. É sim preocupante até pela dificuldade de uma vacina que possa proteger os humanos, pois o tempo para desenvolvê-la gira em torno de 6 meses há 1 ano.
O bloqueio internacional à compra da carne suína, imposto principalmente pela Rússia, é um verdadeiro equívoco e exagero. Não há transmissão do vírus pela carne depois de tê-la resfriado e passado por cozimento (acima de 71º C). Esses processos matariam o vírus. Não há nenhuma cultura mundial que utiliza carne suína crua. Acredito que, este é mais um golpe comercial, um momento de crise em que a Rússia deixará de comprar alimentos importados do México com a farsa e a falsa desculpa de proteção a saúde do seu povo.
Mas para quem pensa que esta doença esta chegando agora, está muito enganado. Já consta em registro que, em 1988, um foco de gripe suína em porcos nos EUA causou várias infecções em seres humanos. Um dos pacientes comprovadamente transmitiu o vírus a membros de uma equipe médica que o atendeu. Vale ressaltar que os porcos, assim como os seres humanos podem ser contaminados por diversos vírus. O problema é a mistura genética desse material, originando novas mutações. O alerta é para os SINTOMAS: febre alta, tosse, dores de cabeça, músculos e articulações, irritação nos olhos e coriza, além de vômitos e diarréia, mas a associação com uma pneumonia pode causar a morte. O CONTÁGIO é o mesmo de uma gripe comum, através da tosse ou espirro.
No processo de tratamento, o doente é submetido a ingestão de remédios antivirais considerados eficazes, que devem ser administrados até as primeiras 48 horas do aparecimento dos sintomas iniciais.
Até o momento, ainda não há nenhuma vacina específica para o combate do novo vírus, mas especialistas recomendam tomar a vacina contra a gripe comum, embora os benefícios sejam incertos. No entanto, não é indicado o uso de antivirais em casa sem a orientação e prescrição médica.
De acordo com o Ministério da Saúde, não há evidências de pessoas contaminadas pelo vírus da gripe suína no Brasil, nem a circulação do vírus na população brasileira. Os dois casos suspeitos, em São Paulo, estão em processo de investigação, mas, "não atendem à definição de caso suspeito de influenza suína por não apresentarem sinais e sintomas compatíveis com a doença", afirma a nota divulgada pelo orgão.
E para aqueles que precisam viajar para zonas de risco, as ORIENTAÇÕES são: aumentar os cuidados com a higiene pessoal, lavando frequentemente as mãos com água e sabão; cobrir o nariz e a boca com um lenço ao tossir ou espirrar, e jogá-lo fora em um saco plástico; e evitar tocar os olhos, o nariz ou a boca.
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Vereador de São Paulo no 5º mandato, médico cardiologista e administrador hospitalar.
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