quinta-feira, 5 de março de 2009

A CRISE MUNDIAL E A CIDADE DE SÃO PAULO

Cada dia mais os veículos de comunicação informam em manchetes a crise como se fosse um espetáculo catastrófico a ser exibido. É certo que a crise está aí, mas temos números para apresentar. No final de fevereiro, os números da cidade de São Paulo, já mostraram sinais para que a luz amarela permaneça acesa: redução de 8% da arrecadação IPTU, em comparação ao mesmo período do ano passado – INADIMPLÊNCIA!redução de 7,8% na arrecadação de IPVA, aqui entendido como retração dos preços dos veículos usados em transações comerciais e, mais 8% da isenção do IPI das montadoras para carros novos. Porém, ainda há uma preocupação maior com a arrecadação de 20% de ITBI, ou seja, transações imobiliárias em baixa e desaquecidas.

Por outro lado, manteve-se a arrecadação do ISS. Esse imposto sobre serviço é o mais importante dos impostos do município e traduz a pujança de São Paulo como uma verdadeira CIDADE DE SERVIÇOS! INQUESTIONÁVEL!

É dever dos vereadores discutir esses assuntos que envolvem a macroeconomia e a crise, principalmente se tratando de vereadores da maior metrópole do Brasil, com 12 milhões de habitantes, população que, expressa enorme peso no PIB do país. Ainda temos a responsabilidade de estar no Estado de São Paulo e sermos responsáveis por 80% da riqueza desse mesmo país.

Aqui vale ressaltar a sazionalidade de cada assunto na economia. IPVA e IPTU são importantíssimos no 1º quadrimestre do ano. Cota parte do ICMS que representa quase 20% da arrecadação do município.

A economia brasileira tem e terá condições de suportar os efeitos da crise e não passará imune a ela. “Não será marolinhas!”, como afirmou o presidente Lula, mas também não será Tsunami, como querem os pessimistas.

Temos um sistema financeiro estruturado e sob controle, absolutamente diferente do americano. O setor primário fortíssimo, batendo todos os recordes a cada ano. O agronegócio exportando e se superando sempre. Aqui, mais uma sazionalidade, até fevereiro colhemos quase 30% de nossos grãos e nos próximos 60 dias colheremos o restante. Esse extraordinário volume de recursos chamados, safra de verão, mantem aquecido milhares de municípios do país que tem como arrecadação apenas recursos transferidos pelo FPM (Fundo de Participação dos Municípios). São 80% de 1000 pequenos municípios que dependem exclusivamente desse repasse.

Fica aqui, agora, o conselho que vem do mundo rural. Daqueles que extraem da terra a riqueza desse país: o Brasil sairá vencedor e líder no mundo todo dessa catástrofe que atingiu principalmente os EUA e a Europa, falta agora, uma política agrícola e uma política agrária. Falta ao Brasil, uma política de preço mínimo para cada um dos produtos que representam tão bem o sucesso do Brasil e sua balança comercial. Falta uma política de financiamento de produção primária de verdade, desburocratizada e ágil.

Não queremos subsídios! Não somos incompetentes como os produtores americanos e europeus que se escondem atrás do biombo do pretencionismo para concorrer conosco. Queremos ter só o direito de lutar com as mesmas armas. Aí sim a vitória será nossa!

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