Artigo do Ver. Paulo Frange
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO: APREENDENDO
COM OS ERROS
Por Vereador Paulo Frange
O
Plano Diretor Estratégico passa agora por uma nova revisão. Está clara a
necessidade de rever conceitos, e assumir os erros do passado. A cidade não
pode mais continuar crescendo sobre o que sobrou do nosso verde. Há no Plano
Diretor, as macrozonas de proteção ambiental, que foram o maior avanço na
proteção ao meio ambiente que ainda resiste à insanidade e agressividade
humana. Aqui, não foi melhor porque faltou responsabilidade com fiscalização
eficiente. A cidade avançou sobre os mananciais ao sul e sobre a Serra da
Cantareira ao norte.
Pior
ainda é não ter resolvido a questão da transferência do direito de construir,
que seguramente teria garantido mais áreas verdes e mais parques lineares,
vencendo o desafio ambiental da metrópole.
COMO FICARAM AS HIS – HABITAÇÕES DE
INTERESSE SOCIAL
Assim
foi também a produção de habitações de Interesse Social, que trouxe com as
ZEIS- Zonas Especiais de Interesse Social, muita esperança, logo frustrada
pois, quase nada saiu do papel. Mesmo com áreas delimitadas, só fez parte de
discursos, faltando coragem e vontade política para encarar o tema de frente.
A
verticalização foi epidêmica e selvagem em toda a cidade, sem respeitar as
tradições dos bairros, e seus moradores. Verticalizações de unidades comerciais
e residenciais se espalharam. Houve descaracterização da Cidade de São Paulo!
ESTRUTURAR MELHOR PARA MANTER
INDÚSTRIAS NA CIDADE
O
Plano Diretor Estratégico (PDE) de 2002 foi para a época um grande avanço, mas
sem as regulamentações, atendeu apenas aos interesses imobiliários. Escrevemos
nesse plano, sobre as Zonas Predominantemente Industriais (ZPI) e nessas
regiões não melhoramos o sistema viário e muito menos a infraestrutura como:
energia elétrica compatível com a atividade industrial, fibra ótica, largura
das ruas e acessibilidade para os trabalhadores. Tudo ficou só no papel, e as
indústrias foram embora, em grande parte para municípios vizinhos.
O
Plano Diretor Estratégico passa agora por uma nova revisão. Está clara a
necessidade de rever conceitos, e assumir os erros do passado.
PROTEGER A AGROECOLOGIA E A AGRICULTURA
URBANA
A
revisão do Plano Diretor estratégico, agora, dá oportunidade de melhorar as
ZEPAG - Zona Especial de Proteção Agrícola e Extração Mineral, criadas pelo PDE
de 2002, mas que nada foi feito. Agricultores foram invadidos por movimentos
por moradia e sem-terra, e nenhum incentivo à agricultura urbana e agroecologia
aconteceu. Estavam novamente apenas no papel e nos desenhos. Isso sem contar as
terras inférteis e o empobrecimento de colônias rurais, hoje expulsas de seus
territórios. É preciso pensar em forma efetivas de proteção a essas atividades.
Nenhum comentário :
Postar um comentário