sexta-feira, 10 de maio de 2013

LIBERDADE RELIGIOSA É OBJETO DA LEI DO VER. PAULO FRANGE APROVADA E TEMA DE PROGRAMA DA TV CÂMARA

Foto: Cláudia Mr. Martins 

O vereador Paulo Frange, Líder do PTB na Câmara Municipal de São Paulo, gravou nesta sexta-feira, dia 10/maio/2013, o programa Sala de Visitas, onde recebeu a advogada Damaris Mario Kuo, presidente da Comissão de Direitos Humanos de Liberdade Religiosa da OAB-SP, e Alcides Coimbra, secretário regional para o Estado de São Paulo da Associação Internacional de Liberdade Religiosa (IRLA, na sigla em inglês).

O tema do programa foi o Dia da Liberdade Religiosa, que se tornou Lei, através da iniciativa do vereador Paulo Frange, a pedido das duas entidades. Ele abriu o programa, discorrendo sobre a importância de se desfraldar a bandeira da liberdade religiosa em nível municipal.

O Brasil está na vanguarda da luta pelo respeito à expressão religiosa, mas há problemas de estranhamentos, disse Frange.

- A importância de trazer a discussão para o nível municipal é que, “quando o tambor bate aqui em São Paulo todas as tribos do Brasil ouvem”. Disse o vereador.

DR. DAMERIS DA OAB/SP


O vereador destacou a biografia de uma das entrevistadas, a advogada Damaris Mario Kuo, presidente da Comissão de Direitos Humanos de Liberdade Religiosa da OAB-SP, que sistematicamente tem defendido esse tema, inclusive no âmbito da Câmara Municipal, onde já organizou, em parceria com o vereador Paulo Frange, duas edições do Congresso de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP.

Dra. Damaris é o símbolo desta bandeira, na defesa diuturna pelo direito, de cada um poder escolher, divulgar e professar a sua religião – inclusive o direito de organizar uma religião.

- O que conta é a dignidade do outro, e que isso seja garantido, já que a Constituição Federação prevê esse direito, disse ela.

A representante da OAB, destacou que o Brasil, por ser tão plural, tem que garantir o respeito à indumentária, ao ritual de cada religião e até o direito dos ateus, que deve ser igualmente protegido.

- Não e só respeitar, mas cooperar para que o outro possa se expressar através da sua religião.

GARANTIR A CONVIVÊNCIA PACÍFICA


O vereador Paulo Frange lembrou que o tema da liberdade religiosa faz parte da história da humanidade, já que em outras épocas, os países dominadores impunham a sua religião ao conquistar um povo.

– A importância da liberdade religiosa é tanta que, no Século 17, a primeira emenda feita na Constituição americana foi a que garantiu a liberdade religiosa. Disse.

Segundo afirmou, o respeito à religião alheia é algo que deve ser enfatizado, pois envolve questões diversas, como por exemplo, o atendimento religioso em hospitais, velórios etc.

Para falar desta assunto o vereador entrevistou Alcides Coimbra, Secretário Regional da IRLA, entidade organizadora do evento.

- Deve-se garantir, sempre, a convivência pacífica, sem que haja insatisfação de um com a presença de outro, de outra crença.

FESTIVAL MUNDIAL DA LIBERDADE RELIGIOSA


O vereador Paulo Frange afirmou ao programa Sala de Visitas da TV Câmara que o dia 25 de maio agora é também o Dia da Liberdade Religiosa, segundo o texto da Lei da sua autoria, recentemente aprovada, e data oficial do Festival Mundial da Liberdade Religiosa, manifestação importante que acontecerá, em sua segunda edição, nesta data, no Vale do Anhangabaú, Centro de São Paulo.

Foto: Cláudia Mr. Martins 

Coimbra afirmou que um dos objetivos do evento é reverberar esse princípio do Direito, que é liberdade religiosa. Explicou que entidade promotora do Festival é originária dos EUA e hoje conta com sucursais em vários países.

- É fundamental a data e a comemoração, pois a liberdade de escolha é um direito fundamental do ser humano. A maioria acha que não precisa de liberdade religiosa, até que muda de país e se torna minoria. A garantia da diversidade religiosa também enriquece a democracia, disse.

O representante da IRLA afirmou ainda que a liberdade religiosa está diretamente ligada à liberdade de imprensa, pois sem essa não há como acontecer a outra.

Agradeceu ao vereador Paulo Frange por ter feito a Lei, que engradece a todos, e valoriza a expressão religiosa de todos, inclusive o direito dos que não têm crença ou que não queira se manifestar – é um incentivo e garantia à consciência do indivíduo.

O vereador disse que estava satisfeito com a Lei, feita a quatro mãos com as entidades ali representadas. Uma pá de cal na intransigência.

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