| PAULO FRANGE quer transporte público acessível até 2016 |
Os vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito da Acessibilidade aprovaram nesta quinta-feira, (8), por unanimidade, o relatório final dos trabalhos da Comissão, no Salão Nobre, da Câmara Municipal de São Paulo.
Após 240 dias de trabalho, 869 ofícios expedidos e 12 vistorias realizadas a CPI constatou que um dos grandes entraves para a acessibilidade é a falta de fiscalização das obras em execução na cidade.
Como solução, a CPI apontou a criação, pelo poder público, de uma comissão destinada exclusivamente à fiscalização das obras, preferencialmente composta por membros que tenham algum tipo de deficiência. Só depois de comprovada a situação regular da construção quanto aos quesitos de acessibilidade é que o alvará seria expedido.
O vice-presidente da Comissão, vereador PAULO FRANGE, apresentou uma proposta de implementação por parte do município, da Norma Técnica ABNT NBR 14022/2006, que estabelece regras e padrões de acessibilidade em todo o sistema de transporte público do país em até 10 anos, e portanto até 2016.
“Atualmente um terço da frota de ônibus da capital paulista atende a esta norma de acessibilidade. Desta maneira, temos 4 anos para trabalhar a inclusão da acessibilidade no sistema de transporte no município”, disse FRANGE.
Foi também sugerido pelo vereador PAULO FRANGE oficiar o Ministério da Saúde no sentido de atender a uma demanda que surgiu ao longo da CPI que é a exclusão do autismo do Código Internacional de Doenças. “O autismo é tratado como se fosse uma patologia entre as demais de ordem mental e é sabido da importância do diagnóstico precoce e preciso. Para isso também oficiei as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde para que se determine um protocolo de diagnóstico e de atendimento ao autista”, finalizou o parlamentar.
Outro ponto levantado durante os trabalhos da CPI é a necessidade de um censo que aponte a real situação da pessoa com deficiência na capital paulista: onde ela mora, qual sua faixa de renda, qual sua faixa etária e outros aspectos que possam ajudar na formulação de novas ações e políticas públicas.
Além de Quito Formiga e PAULO FRANGE, integraram a CPI da Acessibilidade os vereadores Gilberto Natalini, Claudio Prado, Milton Ferreira, Noemi Nonato, Marta Costa, José Américo e Francisco Chagas.

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