terça-feira, 24 de agosto de 2010

FALTA DE ESTRUTURA NAS EMPRESAS DE TELEMARKETING GERA TEMA NA CPI DA COVISA

A Comissão Parlamentar de Inquérito que fiscaliza eventuais irregularidades na Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA) apurou nesta terça-feira ( 24/08) as atuais condições de trabalho dos funcionários nas empresas de telemarketing na cidade de São Paulo.
Convidado para prestar depoimento, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing (Sintratel)), Alberto Rodrigo de Paiva denunciou aos membros da Comissão a deficiência da Covisa na fiscalização dessas empresas.

Preocupado com a situação, o vereador e vice- presidente da CPI da Covisa, PAULO FRANGE criticou a falta de estrutura da entidade. “A Covisa ainda deixa muito a desejar, apesar de um quadro de técnicos extremamente competentes, mas que é ainda muito pequeno perto das necessidades da cidade de São Paulo. E é pouco instrumentalizada”, afirmou o vereador.

PAULO FRANGE ainda destacou a quantidade reduzida de trabalhadores no setor.
“Existem 100 mil trabalhadores na área de telemarketing. Um trabalho com jornada de seis horas e 20 minutos de almoço, que beira muito a escravidão devido à falta de condições mínimas de trabalho”, ressaltou. Diretor do Sintratel - Sindicato dos Trabalhadores de Marketing - Alberto Rodrigo Paiva

O parlamentar ainda denunciou a precariedade nos locais de trabalho como falta banheiro, falta espaço para se alimentar. “Os trabalhadores não andam durante o período e, portanto, acumulam liquido nas pernas. Se forem mais velhos há o risco de terem uma trombose e, nos jovens, há o risco de edemas. As funcionárias atendem a cada 30 segundos um telefonema, o que provoca uma intermitência de ruídos. O nível de estresse é muito alto.”, finalizou.

O vereador sugeriu aos demais vereadores que façam uma sessão única com a participação de representantes do Ministério Público, da Delegacia Regional do Trabalho, da Fundaentro, da Covisa, dos sindicatos patronal e de funcionários de telemarketing. “Vamos ouvir todos e, depois, propor ao Ministério Público a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), com prazo determinado, de melhoria das condições de trabalho, destacou.

Mais informações da CPI da Covisa no site da Cãmara Municipal de São Paulo. Acesse o link:
http://www.camara.sp.gov.br/cr0309_net/forms/frmNoticiaDetalhe.aspx?n=2128


Crédito da foto: Ana Cláudia Sacomani - Assessora de imprensa

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