terça-feira, 11 de maio de 2010

VEREADOR PAULO FRANGE INDAGA DURANTE CPI FALHA NA FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS FISCALIZADOS PELA COVISA

Na reunião ordinária desta terça-feira (11), a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades na CPI da COVISA, ouviu o presidente da Associação de Marketing Promocional, Guilherme de Almeida Prado e a nutricionista da Bio Nutry, Francine Ramalho, empresa que presta consultoria a empresas na área de vigilância sanitária.
O vereador PAULO FRANGE indagou o presidente da associação se as empresas associadas da entidade
realizam eventos com manipulação de alimentos fiscalizados pela COVISA.
Segundo ele, um questionário foi distribuído aos associados e o resultado indicou que a maioria não trabalha exclusivamente com alimentos, além de não receberem fiscais da COVISA em seus eventos já que são empresas terceirizadas.
Prado se comprometeu a oferecer à CPI os resultados do levantamento eletrônico.
PAULO FRANGE também exemplificou as propagandas de medicamentes e produtos relacionados à saúde publicados em revistas e jornais sem um responsável técnico. “A COVISA não fiscaliza, só vai se tiver denúncia”, indagou.
Já Francine denunciou irregularidades na fabricante de salgados Pontual Bacon que não comunicou à COVISA sua existência e não especificou na embalagem que o produto não possui gordura trans.
O parlamentar juntamente com os integrantes da CPI realizou diligência ao Supermercado Pão de Açúcar da Praça Panamericana, em Pinheiros na zona oeste de São Paulo, para apurar denúncia relacionada à CPI de produtos vencidos nas gôndolas.
Os representantes da Comissão também falaram da matéria divulgada no Jornal da Tarde da apreensão de 40 quilos de carne estragada na rede MacDonald’s.



Acompanhe na íntegra a matéria publicada no Jornal da Tarde

McDonald’s na mira da polícia

Unidade do Jabaquara tinha carne vencida há um mês. Outras lojas serão investigadas
A rede de lanchonetes McDonald's é alvo de investigação da Polícia Civil de São Paulo. Cerca de 40 quilos de carne fora do prazo de validade ou sem informação de procedência foram apreendidos ontem na unidade da Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, no Jabaquara, zona sul. Outras lojas do grupo devem ser fiscalizadas por policiais da 1ª Delegacia de Saúde Pública.

“A ideia é que nosso trabalho continue em outras lojas da rede. Vamos ficar em cima disso”, afirma o delegado Marcelo Jacobucci, um dos responsáveis pelo inquérito, que já dura cerca de 60 dias. “Essa apreensão foi resultado de inteligência policial e denúncias de consumidores, que recebemos aqui na delegacia nos últimos meses, dizendo que a lanchonete estaria vendendo produtos estragados”, completa.

Os investigadores apreenderam, ontem de manhã, 520 hambúrgueres considerados impróprios para o consumo - 270 deles estavam com o prazo de validade vencido desde 9 de abril e 250 não tinham etiqueta com a procedência. Um gerente, cujo nome não foi revelado, foi preso em flagrante e autuado por crime contra as relações de consumo e contra a saúde pública. Ele pagou R$ 1.500 de fiança e responderá às acusações em liberdade.

Ao ser ouvido por policiais, o gerente alegou que não sabia da existência do produto vencido e que a caixa de hambúrgueres fora do prazo de validade pode ter sido colocada na lanchonete por um “ex-funcionário interessado em sabotagem”, disse Jacobucci. O delegado considerou o depoimento do funcionário “evasivo”.

A polícia não tem provas de que o alimento estragado seria colocado à venda. O fato de as caixas estarem dentro da câmara fria, porém, é suficiente para configurar a ocorrência de um crime contra a saúde pública, na opinião do delegado do caso. “O produto que vai ser descartado pode ser colocado na câmara, mas em local reservado e com identificação visível e não misturado aos alimentos bons para consumo”, afirma.

Auditoria completa

O McDonald's informou que o restaurante da Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira passou por uma “auditoria completa no dia 16 de abril, não tendo sido encontrado nenhum produto fora de padrão”. No dia da auditoria, os hambúrgueres apreendidos ontem já estavam fora do prazo de validade, segundo a polícia. “Não dá para partir do pressuposto que é apenas descuido. A rede diz que faz inspeção no estoque a cada troca de turno. No período, foram 90 inspeções. Como não perceberam a data de validade?”, questiona o delegado do caso.

A rede de fast-food afirmou, por meio de nota, que “está colaborando com os órgãos competentes para a apuração dos fatos”. O texto diz, ainda, que o McDonald’s “segue procedimentos internacionais de segurança alimentar, reconhecidos pelas autoridades brasileiras como os padrões mais elevados em seu setor. Os restaurantes passam constantemente por auditoria interna”.

Fotos: Juvenal Pereira/Ana Cláudia Sacomani

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