sábado, 27 de junho de 2009

ATENÇÃO MAIS UMA DILIGÊNCIA VERIFICARÁ A CONTAMINAÇÃO NOS SOLOS - AGORA, NO BAIRRO DE SANTO AMARO!

Segunda-feira, dia 29, às 8h30, os membros da CPI de Danos Ambientais, DECONT/SVMA, CETESB, Subprefeitura Santo Amaro farão uma diligência no terreno da Nuclemon.

A INB Indústrias Nucleares Brasileiras possui terreno de 59 mil metros quadrados de área e está ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia.

No local está armazenado quase uma tonelada de material radioativo (tório, bário (originados de areias monazíticas), urânio, dentre outros) em um galpão de 2 mil metros quadrados. Esse material foi produzido pela Usina Santo Amaro (USAN), da extinta Nuclemon, desativada na década de 90.

Próximo ao local está o Santuário Terço Bizantino e um estacionamento.

Segundo acordo firmado entre a Nuclemon e o Ministério Público, a área deveria ter sido descontaminada até 1994. Passados os 12 meses de prazo, a Nuclemon informou que não tinha condições de remover o material contaminante. Assim, o Ministério Público concedeu mais 24 meses para a remoção dos materiais radiativos. O prazo para a retirada do material passou de 1994 para 1996, porém, o material ainda continua no local.

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão federal, está monitorando a área. Documentos e laudos estão inacessíveis.

Ressalte-se que está área já deveria estar descontaminada há 13 anos.

Material radioativo certamente expõe a Saúde Pública!!! Níveis elevados de bário podem interferir no metabolismo de cálcio e retenção de potássio. Já os elementos radioativos provenientes do urânio destroem o DNA e RNA no núcleo celular gerando defeitos no código genético responsável pelo aparecimento do câncer.


Em 2005, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável realizou reunião do grupo de trabalho constituído pela comissão para estudar a fiscalização e a segurança nuclear no País, os deputados descobriram que um grupo de ex-trabalhadores da antiga Nuclemon apresentava quadros graves de pneumoconiose e vários tipos de câncer.

A doença, possivelmente, advém da exposição crônica ao urânio e tório, presentes no composto chamado de Torta II, que é um subproduto do beneficiamento da monazita. Esses ex-trabalhadores foram vitimados por um longo período de exposição e inalação de materiais nucleares, que se acumularam em seus pulmões.

Nenhum comentário :